quinta-feira, 8 de julho de 2010

A Guerra de Fronteira na Reconquista



Durante a reconquista uma das principais formas de guerra entre Muçulmanos e Cristãos foi através de conflitos de fronteira.
Essas hostilidades apareciam sob a forma de Fossados, Algaras e Presurias.
Os Fossados e as Algaras eram as principais actividades bélicas das comunidades fronteiriças.
Estas actividades, quer dum lado da fronteira quer do outro, eram sem dúvida a principal fonte de riqueza e sustento .
As incursões para lá das fronteiras eram campanhas sazonais, pois tinham de ter em conta uma rápida mobilidade, evitando assim o Inverno. Por norma os ataques surgiam nos períodos em que as colheitas já estavam feitas.
O termo Algara define as expedições que eram feitas com o objectivo de pilhar e destruir os campos, tudo isto num curto espaço de tempo. Quanto ao termo Fossado, eram expedições em território inimigo mas de grandes proporções em que já participaria um exército organizado com cavaleiros e peões.
As Presurias eram ataques com ocupação afim de conseguir melhores terras tendo em conta o seu aumento demográfico. Desta forma consegue-se o alargamento de um território de um estado à conta de outro estado inimigo.
Por norma estas ocupações eram bastante limitadas, terminavam quando a comunidade em expansão encontrava um ponto forte de defesa ( torre, castelo ou vila).
Segundo Pedro Gomes Barbosa na sua obra " Reconquista Cristã" a Presuria só era eficaz e efectiva em duas situações :
-Retracção do aparelho defensivo do inimigo, acompanhado pelo abandono de parte significativa da população.
-Ocupação da fortaleza ou construção de uma nova por parte do Rei ou Senhor da terra.

Obra consultada " Reconquista Cristã" de Pedro Gomes Barbosa


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